sexta-feira, 12 de março de 2010

Relatório Gestar II 3º Encontro

Relatório Gestar II -3º Encontro – 24/10/2009






Foto 3° Encontro -Socializando a tarefa de casa

Iniciamos nossas atividades com a mensagem – Ser Vencedor. Na sequência foram feitos comentários pertinentes ao 2º encontro pelos cursistas e o professor formador, sintetizando o que foi bom e o que precisa ser revisado para melhor desempenho de todo o grupo.

08h50min, socializamos a lição de casa.
1. Houve a apresentação das atividades realizadas com os alunos;
2. Comentaram a metodologia aplicada;
3. Dificuldades encontradas.
4. Entregaram relatório por escrito dessa experiência.

Foi dado início as atividades teórico prática das unidades 1 e 2 da TP1.

- Unidade 1-Variantes Lingüísticas: dialetos e registros.

Objetivos da unidade 1:

1. Relacionar língua e cultura;
2. Identificar os principais dialetos do português;
3. Identificar os principais registros do português.

-Teci comentários a respeito do Tema Transversal: Família e Escola. Após convidei a turma para fazermos a leitura dos textos das seções da unidade 1 (“Retrato de Velho”, “Ciúme” e “Conta de Novo a História do Dia em que eu Nasci”).
- Após a leitura de cada texto, foram discutidas as idéias centrais presentes em cada narrativa;
- Identificamos características dos gêneros (crônica, relato e editorial);
-Aprofundamos assuntos relevantes à variação lingüística revendo questões como:
(dialetos e registros, norma culta, norma padrão, modalidades da língua e linguagem literária).
Apresentei as atividades da unidade 1, da seção “Avançando na Prática”, lendo e discutindo os pontos fortes e/ou fracos dessas sugestões, escolhendo uma destas para aplicar na sala de aula.
Dividi a turma em grupos para fazer a leitura crítica do “texto de referencia”p.44, sobre a classificação das variações de registros segundo Holliday, Mclntosh e Strevens (1994) apresentando uma conclusão, enfatizando a importância desse texto para a prática em sala de aula.

Unidade 2: Variantes Lingüísticas Desfazendo Equívocos
Objetivos:
1. Caracterizar a norma culta;
2. Caracterizar a linguagem literária;
3. Caracterizar a língua oral e escrita.
-Iniciamos o estudo da unidade 2 através da leitura dos textos das seções da unidade 2: “Por que seus pais estão se divorciando”, “Caso do vestido” e “O Casamento dos pequenos burgueses”.
- Após a leitura de cada texto, foram vistas as idéias centrais presentes em cada narrativa;

-Identificar as características dos gêneros (poema e diálogo);
-Aprofundamos assuntos relevantes à variação lingüística revendo questões como:
(Norma Culta, linguagem literária e modalidades da língua)
- Na sequência apresentei as atividades da unidade 2 onde o grupo escolheu uma atividade do “Avançando na Prática”, lendo e discutindo os pontos fortes e/ou fracos dessas sugestões, escolhendo uma de suas sugestões para aplicar na sala de aula.

No presente encontro, aconteceu a aplicação da oficina da unidade 2 do texto “A outra Senhora” de Carlos Drummond de Andrade que deu-se assim:
1º- Leitura do texto;
2º- Pedi que os cursistas falassem o que já conhecem sobre o autor CD de Andrade;
3º- Mostrei um cartaz com poemas do autor e falei da vida e obras do poeta;
4º-Mostrei a coleção Coletânea de Textos do autor e li o poema Cadeira de Balanço, p. 388;
5º-Estudo do texto “Outra Senhora,“ em grupos.
6º-Discussão das respostas apresentadas por cada grupo.
Encerrando essa parte, foram feitas observações salientando as peculiaridades da crônica.
-Incentivei aos professores a fazerem o uso da crônica com seus alunos;
-Informar aos professores cursistas o que nos espera o próximo encontro
-Dinâmica de avaliação: Eu tiro o chapéu... Eu não tiro o chapéu... e Sugestões para o próximo encontro.
- Avaliação do encontro por meio de uma palavra.

Gestar II – Síntese TP1 do que foi repassa
Seção 1

Relacionar língua e cultura

Crônica- Composição curta, voltada para os acontecimentos do cotidiano que conta uma história, tecer comentários sociais ou políticos, pode ainda apresentar um conteúdo lírico, poético, apresentando a emoção. Por ter um tom de humor te a ver com o fato de aparecer inicialmente em jornais e revistas.
Narrativa – Se caracteriza por apresentar uma história por meio de um narrador, sobre personagens (humanos, animais, imaginários) que se desenrola no espaço e no tempo. Como narrador-personagem, ele conta a história e 1ª pessoa (eu, nós) e como narrador observador, a narrativa é feito em 3ª pessoa (ele, ela, eles).
Cultura – Conjunto de ações pensamentos e valores de uma pessoa ou de uma comunidade.
O texto retrata de velho mostra experiências e valores representados pela língua, onde o avô usa expressões de acordo com o seu modo de entender a vida. Ex: ”Mandriona“, “bandalho” ou a expressões “conpuscar o leito de uma virgem”. A cultura no âmbito da família tem um forte componente temporal. Mas podia ser também lugar/espaço. A língua muda rapidamente. Gírias e neologismos (palavra recém-criada na língua ou já existente usado com outro significado) “nascem” e “morrem” rapidamente.
Portanto, cultura e língua são construções históricas dos sujeitos. A língua tem o mesmo caráter dinâmico da cultura.

Seção 2 – p.19
Identificar os principais dialetos do português.
Importante: a língua tem regularidades, um sistema a ser seguido. Mas, como é um sistema aberto, a língua oferece inúmeras possibilidades de variação de uso que criam, junto com o contexto, interações sempre novas e irrepetíveis.
Ex: (poeta o é formosa). Você não pode usar o artigo em outro lugar que não seja anteposta ao substantivo a que ele se refere (Nos gostávamos muito sorvete de). Não pode usar uma preposição depois do termo regido.
Um exemplo a mais: no português, é obrigatória alguma marca de plural, para fazer a concordância de número. Essa marca pode variar, conforme os usos dos grupos sociais. Um grupo diz: - Os meninos doentes choravam sem parar.
Outro grupo fala: os menino (ou minino) doente chorava sem para (ou pará). Mesmo com sotaques diferentes, os dois grupos são entendidos por todos. Mas, se não houver marca alguma de plural, em qualquer as falas os interlocutores não entenderiam o real significado da fala.
As variações da língua são de duas ordens: 1- As variantes comuns a um grupo são chamadas DIALETOS. 2- As variantes do uso de cada sujeito, na situação concreta de interação são chamadas REGISTROS.

Norma- É a forma de cada grupo usar a sua língua. Freqüentemente seu comportamento social e lingüístico, revela até sem querer, a que grupo(s) você pertence. Essa norma de cada grupo o que mais comumente chamamos de dialeto. No texto de CD. De Andrade e Lígia Bojunga, procuramos realçar o dialeto etário, que considera a idade do grupo. Outros dialetos: Variam de região p/ região. No Brasil, o Nordeste tem muitas palavras desconhecidas para os brasileiros mais do Sul. Dado importante na consideração dos dialetos regionais é o sotaque, que compreende a fala de cada região. Os principais dialetos são: o etário (da criança, do jovem e do adulto), geográfico ou regional, o de gênero (masculino e feminino), o social (popular e culto) e o profissional.
Os dialetos são equivalentes do ponto de vista lingüístico. Cada um cumpre suas funções lingüísticas.

Idioleto- É o conjunto de marcas pessoais da língua de cada individuo, como resultante dos vários dialetos (etário, regional, profissional, de gênero social) que constituem a sua fala.

Seção 03 – Identificar os principais registros do português

Registro- Cada uso individual e momentâneo da língua constitui o que chamamos de registros e são dois: - Informal (sem barreiras) e formal (com barreiras). Uso de in formalidade e formalidade dependem do momento da interação, quer dizer, a cada interação, escolhemos um registro. As explicações para a variação do próprio registro são inúmeras e podem ser cultas muito significativas. Como acontecem com os dialetos os registros também podem misturar-se, não tem sentido a distinção certo ou errado: O que interessa é ver se o uso está adequado à situação de comunicação.

Seção o1 – Unidade 02 – Caracterizar a norma culta p. 58.


A norma culta, é culta porque se refere ao uso de grupos escolarizados, em geral privilegiados do ponto de vista social e econômico, é, portanto, também cultural.
No Brasil a norma padrão é a culta. Muitos professores consideram que o domínio da norma culta é o principal objetivo da língua, no entanto esse grupo desconhece os muitos avanços das ciências lingüísticas que é mais voltada para a valorização da língua cotidiana de cada locutor, e da sua expressão oral. Na escola, o desinteresse do aluno é visto pelos professores como prejudicial ao desenvolvimento de suas competências lingüísticas, que é preciso aprender a ouvir e a se expressar de forma adequada. È bom compreender que a diversidade lingüística é importante para que um possa aprender com o outro. Vale salientar que segundo o lingüista Carlos Bagno, a norma padrão não faz parte da língua, não corresponde a nenhum uso real da língua, se constitui apenas numa ideologia lingüística que é preciso desmitificar.
Também precisa saber que a língua padrão é o modelo de língua trazido pelos portugueses, foi imposto do ponto de vista político, é preconceituoso e não tem mais cabimento no mundo contemporâneo. Até então, vimos que a visão tradicional queria ditar como a língua deve ser. A lingüística moderna quer saber como a língua é. Contudo, por ter tido muito tempo para se constituir como um elemento da cultura ocidental, a idéia tradicional de chamar de língua apenas o padrão lingüístico abstrato e idealizado, descrito e prescrito nas gramáticas normativas, permanece até hoje impregnada na mentalidade das pessoas, inclusive de muitos professores.

O texto sobre divórcio está escrito na forma culta. Sua predominância se dá em gêneros de textos, publicados em livros e revistas, sobretudo em grande parte da literatura, dos escritos e fala da imprensa. É pautada na gramática normativa.

Seção 2 – O texto literário – Caracterizar a língua literária, p. 67.

O texto literário- é aquele que apresenta liberdade completa no uso das variantes. O autor usa a norma culta ou o dialeto popular, tudo depende de suas intenções, do assunto, do ambiente, e dos personagens retratados.
Cada texto literário é que vai criando os limites e a adequação de cada escolha do autor.

Seção 3 – Modalidades da língua – Caracterizar a língua oral e a escrita, p.77.

A modalidade oral é a nossa língua natural e aprendemos pelo simples contato com os outros falantes.
A escrita e uma modalidade artificial da língua quer dizer, não nascemos sabendo escrever.
Como vivemos numa sociedade letrada não nos damos conta desse segredo desse caráter artificial da escrita. As duas modalidades da língua, a oral e a escrita, são igualmente importantes e apresentam ambas as possibilidades de uso, tanto do registro formal quanto do informal.

As duas modalidades devem ser trabalhadas na escola, ensinar do ponto de vista da locução e da interlocução. Assim, ouvir e falar, ler e escrever, devem ser atividades constantes na sala de aula, oferecendo bons textos escritos e orais produzidos com objetivos.

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